Fluffy Adventures: como começou!

Há cerca de um ano, quase a divulgar o lançamento do meu Jogo de Mindfulness Coaching, percebi que o mesmo teria atualizações futuras, nomeadamente, cartões para áreas ou temas específicos. 

Pouco depois defini que uma das vertentes estaria relacionada com crianças e famílias, já que foi sempre esta uma das minhas grandes áreas de atuação em termos profissionais. Cheguei a fazer esse pré-anúncio na minha página de facebook e no grupo ARTEM Home. A ideia estava lá, a forma de conceber ainda não a tinha definido.

Uns meses mais tarde, uma querida amiga propôs-me realizar em parceria com ela um jogo para crianças/adolescentes e suas famílias. Fiquei entusiasmada de novo. Pensei que de alguma forma poderia ser uma alternativa à minha ideia inicial. Mas por motivos diversos não chegamos a avançar e eu percebi que poderia ainda não ser ou o momento, ou a forma de o fazer.

Aguardei pacientemente e mais uns meses passaram…

Há duas semanas, a minha filha começou a escola. Como eu havia estado ausente do trabalho por quase um mês, tinha em mente que com a entrada dela na escola, eu poderia retomar as minhas rotinas profissionais. Mas isso não aconteceu!

O sistema de ensino aqui funciona de outra forma e eu não estava preparada para isso. A adaptação das crianças é feita no tempo delas e para isso, é muito comum os pais serem convidados a ficar nas salas, junto com os filhos, auxiliando assim na transição. Percebo a ideia, mas naqueles dias iniciais o meu pensamento era: quando volto eu ao trabalho?

A verdade, é que já a minha filha estava a lidar melhor com a nova aventura e continuavam a pedir-me que eu estivesse por perto, caso fosse necessária a minha presença a qualquer momento. O que fiz: aceitei que era assim o processo e adaptei-me. Muitas manhãs passadas no recinto da escola ou perto da mesma.

Bem, no fim do primeiro dia em que a minha filha ficou na escola por duas horas e meia seguidas sem a minha presença, decidi recompensá-la e fui comprar um mini cão, dentro da sua casota, para lhe dar como presente. Queria que ela sentisse que todos estávamos muito orgulhosos do seu comportamento.

Passou a ser o melhor amigo dela e até a educadora sugeriu que o levasse para a escola, de forma a sentir-se um pouco mais segura. Assim fizemos!

A semana passada, já com mais uns dias de adaptação, consideramos que não havia necessidade dela continuar a levar o cãozinho. Até porque, nesta escola, há um dia específico por mês para que todas as crianças levem um brinquedo.

Precisava, agora, de arranjar uma maneira de a convencer a deixar ficar o seu amigo preferido em casa. E depois de algumas lágrimas caídas, prometi à M. que tomava muito bem conta dele e que depois lhe contava tudo o tínhamos feito.

Assim que a fui buscar, perguntou-me de imediato como estava o Fluffy, nome que lhe deu no primeiro instante. Perguntou-me se lhe tinha dado de comer, de beber e se tínhamos brincado juntos. Sabem o que eu tinha feito sem ela saber? Bem, criei alguns cenários com o Fluffy e tirei fotografias para lhe mostrar assim que estivéssemos juntas. Queria que ela percebesse que o Fluffy estava bem e que ela poderia estar tranquila na escola.

Chegámos a casa e achou tanta piada às fotografias que tinha tirado ao seu amigo, que fomos para o jardim para mais umas brincadeiras com o Fluffy e…. FOI NESSE INSTANTE, que tive a ideia de como poderia conceber o jogo para famílias. O Fluffy seria a personagem principal. E sabem o que é mais curioso, é que tirar as fotografias, trabalhá-las, e compor o jogo, era uma coisa que eu conseguia fazer em qualquer lado, desde que tivesse recurso ao meu telemóvel. E naquelas manhãs que eu passei na sala de entrada da escola, de prevenção caso fosse necessário ir ter com a M., foi o que fiz. Tirei fotografias, trabalhei-as e estruturei o jogo. E agora pergunto? Was this meant to be? 

A verdade é que naquelas condições, eu nem conseguia elaborar relatórios, nem conseguia dar as consultas que tinha em agenda. Mas conseguia tirar e trabalhar fotografias.

Pois é, a ideia surgiu há cerca de nove meses… levou tempo para se ir desenvolvendo, mesmo sem eu me aperceber como… E agora nasce o Jogo “As Aventuras de Fluffy”. 

Que aprendizagem retiro de tudo isto? O ditado “Deus escreve certo por linhas tortas” parece-me muito adequado. Percebi que do caos pode nascer uma ideia. Percebi que quando nos adaptamos às circunstâncias e nos entregamos, confiando que se está a ser assim é porque há um motivo, tudo passa a fluir mais facilmente e o retorno ou a resposta estão bem perto. Percebi que ideias inesperadas e com grande valor, podem surgir de uma brincadeira com uma criança. Percebi que quando nos permitimos brincar e usufruir do momento, o nosso estado de felicidade aumenta e a inspiração chega. Percebi que a vida é sábia e que abdicando do controlo, passamos a ser mais livres para manifestar as nossas vontades. Percebi tanta coisa nestes dias… Percebi que não sei tudo e que há formas diferentes de se viverem as mesmas situações, mas a minha visão não tem de ser necessariamente a mais certa. Percebi que estar no meio de crianças me faz bem…

Sigam a minha página https://www.facebook.com/ARTEMSIMBOLOGY/ e acompanhem o Fluffy que irá estar por lá com alguma regularidade!

Fiquem em paz…

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